segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Blog Day

Blog Day 2009

Vi no "Bem Legaus" que hoje (31/08) é o Blog Day!
Pra quem - como eu antes de ler o post lá - não faz idéia do que seja, faço minhas as palavras do Montejorge:

"dia 31 de agosto é considerado o
'Dia Mundial do Blog' (meio inútil, mas tá valendo) ;P.
A data, divulgada por blogueiros do mundo todo, é uma referência à linguagem dos programadores, onde 3108 significa 'blog'.
E como nos anos anteriores, neste 5º Blog Day, comemora-se de maneira bem ao estilo do compartilhamento que se espera da blogosfera, indicando cinco blogs que você gosta, lê, admira, etc. É uma forma bem legal de divulgar para os leitores, blogs que você descobriu, sejam eles novos ou não."

Então, lá vai a minha lista:

-Mamíferas: O melhor blog que já li! É um dos únicos que sempre leio, tim-tim por tim-tim. Me ajudou bastante a fortalecer minhas idéias mamíferas. E também me tranquiliza sabendo que não estou sozinha nadando contra essa maré chamada mundo. Por Kalu, Kathy e Tata.

- Depósito do Calvin: A-D-O-R-O Calvin e Haroldo, desde que era beeem pirralhinha. Influência do meu - "Calvinmaníaco" - pai, sem dúvida. ;) Certo dia achei pela internet à fora esse blog e me apaixonei! Baixei todos os livros e me deliciei lendo!

- VidaVerde: da Thaís... cheio de dicas ecológicas. Ótimo! Fora que a Thaís é uma figura... heehuheu...

- Casinha na Árvore: É uma fofura! Dicas naturais de alimentação, brincadeiras, experiências e muito mais. E tem o site também, é só clicar aqui!

- Respeite Meus Mullets: Esbarrei com o RMM pelo google tem pouco tempo, mas comecei a segui-lo depois de le-lo a primeira vez. É sem nexo, é estranho, mas aí é que está a graça. A Tati (ou Tadsh, como ela mesma diz) escreve de um jeito todo especial fazendo o leitor rir do começo ao fim.

Forte abraço!

domingo, 30 de agosto de 2009

Slingo sim!


Outro dia li um post no mamíferas que falava do sling, que as pessoas vivem falando isso e aquilo sem conhecer e tal.
Essa semana lembrei muito dele com um "causo" que me aconteceu.
Pois bem, estava eu bela e formosa (talvez um pouco descabelada pelo vento de Floripa que insiste em nos sacudir pra lá e pra cá) fazendo compras no sacolão, Direto do Campo. Uriel estava dormindo confortavelmente no sling (pouch). Então percebi uma senhora me olhando com uma cara de cãochupandomanga. Dei um sorrisinho e comprimentei com a cabeça, aí ela não se aguentou e veio me falar: "isso é tão ruim pras costas dele", óbviamente se referindo ao sling. Falei, gentilmente que não, que era bem confortável, que não machucava, que ele gostava bastante. Ela retrucou já meio brava e me dando as costas: "a senhora é que não sabe". E foi saindo toda dona de si.
Eu deveria ter me aguentado, poderia, mas não consegui: "a SENHORA é que não sabe".
Aí mulher se voltou, já nítidamente mais brava "eu não sei? eu sou enfermeira de criança", eu bem indiferente "ah é?!", e ela: "é! e isso machuca sim as costas dele. bebês tem que se carregar assim (e fez esse gesto) pode ver como ele geme de dor quando tu coloca ele na cama...".
Eu: "não, não geme!" - e ele não geme mesmo! Até parece que o sling faz mal... e ainda completei (com uma certa ironia, confesso) "então quando ele tava na minha barriga também sentia dor nas costas?!" Ela: "sim, também machuca a tua barriga, as tuas costas...". hahaha... Aí repeti a pergunta pra coitadinha, e ela "aí não, ele tava na posição fetal!". O.o'
Falei gentilmente que ali dentro ele também estava na posição fetal, que o bebê tem bastante flexibilidade, que o sling é ótimo e fui continuar minhas compras, cuidando para manter distância da tal "enfermeira".

Que aquele papo não levaria a nada eu já sabia, mas que a ignorância humana é tão grande... afff, isso custo a aceitar! Por que insistem em discutir coisas que ignoram? Por quê?? Chegam se achando donos da verdade, com argumentos fajutos e ainda tentam se fazer ouvir dizendo que são isso ou aquilo... como se fizesse diferença. Não consigo entender, sério!
Também não sou dona de nenhuma verdade, a não ser a minha. Usar ou não um sling?? Em verdade vos digo, tem coisa bem pior... mas o fato é que cada dia mais acho que esse mundo tá do avesso (e tá!).

Imagens: Nas duas fotos o Uriel está dormindo no sling, bem tranquilo.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Índios

ÍNDIOS- Legião Urbana

Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha

Quem me dera ao menos uma vez
Esquecer que acreditei que era por brincadeira
Que se cortava sempre um pano-de-chão
De linho nobre e pura seda

Quem me dera ao menos uma vez
Explicar o que ninguém consegue entender
Que o que aconteceu ainda está por vir
E o futuro não é mais como era antigamente.

Quem me dera ao menos uma vez
Provar que quem tem mais do que precisa ter
Quase sempre se convence que não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer.

Quem me dera ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto como o mais importante
Mas nos deram espelhos e vimos um mundo doente.

Quem me dera ao menos uma vez
Entender como um só Deus ao mesmo tempo é três
E esse mesmo Deus foi morto por vocês
Sua maldade, então deixar um Deus tão triste.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer você de volta pra mim
E quando descobri que é sempre só você
Que me entende do iní­cio ao fim.

E é só você que tem a cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera ao menos uma vez
Acreditar por um instante em tudo que existe
E acreditar que o mundo é perfeito
E que todas as pessoas são felizes...

Quem me dera ao menos uma vez
Fazer com que o mundo saiba que seu nome
Está em tudo e mesmo assim
Ninguém lhe diz ao menos, obrigado.

Quem me dera ao menos uma vez
Como a mais bela tribo dos mais belos índios
Não ser atacado por ser inocente.

Eu quis o perigo e até sangrei sozinho
Entenda!
Assim pude trazer você de volta pra mim
E quando descobri que é sempre só você
Que me entende do iní­cio ao fim.

E é só você que tem a cura do meu vício
De insistir nessa saudade que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Nos deram espelhos e vimos um mundo doente
Tentei chorar e não consegui.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Igualmente diferente


É tão estranho como as pessoas insistem em achar que todo mundo é igual. Acham até, que bebês não pensam. Fazem tudo igual, todos iguais.
Mas não é por aí. Eu, pelo menos, discordo totalmente disso tudo!

Todo mundo é diferente! Até gêmeos! Até nós mesmos somos diferentes! Ou você continua sendo a mesma pessoa de 10 anos atrás? E a de 5 minutos atrás?
Como dizem por aí, somos metamorfoses ambulantes.

:)

Mas continuando o papo seguindo na idéia dos bebês, porque acham que todos são iguais, agirão iguais, acontecerá isso e aquilo em tal idade, etc?
Claro que por meio de pesquisas pode-se ter uma idéia sobre o comportamento humano em cada fase da vida. Mas sair por aí profetizando cada etapa da vida dos bebês como se fosse regra todos serem iguais, ah, daí já é exagero!
Como tenho filho pequeno sempre ouço coisas assim:

"Ele tá com febre? É dente saindo, vai dar diarréia e vômito também!"
-Seus primeiros dentinhos nasceram aos 9 meses e foram os dois centrais de cima. Reações?! Nenhuma, a não ser um certo incômodo da coceira.

"Cuidado com as coisinhas pequenas porque ele vai colocar na boca e engolir"
-Nunca, nem mesmo quando os dentes estavam saindo, foi de colocar coisas na boca. Sério, acho que ele passou ileso pela dita "fase oral". Só comida, ah, nisso o bichinho manda super bem! Come de tudo, menos besteiras. Outro dia o caixa da padaria ofereceu uma bala e ele, sem eu dizer nada, fez que não com a cabeça e não pegou. Ele também nunca foi de aceitar coisas de estranhos.

"É melhor tirar essas coisas que quebram do alcance dele"
-Não mexe nas coisas se a gente explicar que não pode. Tá, às vezes até mexe porque não se aguenta de curiosidade, mas não entra na categoria "criança furacão"

"Não ensina ele a apagar a luz porque senão ele vai colocar o dedo na tomada achando que é o interruptor"
-(quanta bobeira, mas vai lá) Ele adora acender e apagar a luz, mas nunca colocou o dedo na tomada. A gente fala que não pode, explica que machuca. Ele aponta a tomada, faz uma cara bem séria e balança a cabeça dizendo que não (coisa mais fofa de se ver!).

... e por aí vai.
Pode até ser que essas coisas sejam normais entre bebês, não sei, o que sei é o que vivencio cada dia com meu filho.

E pelo que vejo, ouço e leio ele não segue nenhum padrão!

;)


Acho lindo porque é algo muito dele. Nunca ensinei, nunca precisou.
O que faz tanta diferença? Com certeza a criação. O tempo que os pais dedicam à criança, ensinando, explicando, dando amor...

Mas o fato é que ninguém é igual. E essa é a grande verdade e graça da vida, somos todos igualmente diferentes!


Imagem: Depósito do Calvin

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

...


Às vezes a saudade explode tão forte que não dá de segurar...

Culpa...

Tô tão triste comigo mesma.
Triste porque percebo o quanto me falta de paciência. E o quanto isso me martiriza e dói.
Essa noite foi bem difícil. Uriel tá meio adoentadinho e não dormia. Não tinha jeito! Eu dava peito, ele cochilava e quando largava o mamá acordava chorando. Tentei de tudo, cantei, embalei, trouxe pra sala e brincamos, contei histórinhas, dei mais mamazinho, fiz carinho, troquei a fralda...nada deu muito certo! E pra completar quando resolvi chamar o Giu porque já não tava mais dando conta ele estava com hipoglicemia (ele tem diabetes).
Surtei! Eram quase 3:00 da manhã, eu já estava tão cansada, tão fora de mim... deixei os bichões tomarem conta, gritei, briguei, chorei...

Aí dei mel pro Giu melhorar, demorei mais um pouco e consegui fazer o Uriel dormir e apaguei!

Nada justifica meu descontrole. Nenhum dos dois tinha culpa! Mas cansaço é cruel! Tira a gente do eixo e enche de remorso por tais ações.

Desculpa Giu!
Desculpa, mais ainda, filho!

Amo vocês... (grata por me aturarem)


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

"Cozinhando com Amor"



N
ovo blog pra minha coleção!


"Cozinhando com Amor"

Visita lá, vai?! ;D

B
eijinhos

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dia dos Pais!


Ser Pai...
Por Rubens Xavier Guimarães, médico gastroclínico
///
"Ser pai é estar na calma emocionante deste quarto com alguém pequenino e lindo nos braços, a quem eu posso chamar: meu filho!
///
É me sentir forte, como o mais forte dos homens. É me sentir dono e escravo ao mesmo tempo.
///
É poder dar a esse pedacinho de gente um pouco de mim e muito do meu amor.
///
É extravasar um carinho que já não cabia dentro de mim.
///
É embalar um berço, tonto de sono, ouvindo pela madrugada o chorinho, e ter de trabalhar no dia seguinte, cansado, corpo dolorido.
///
É falar baixinho (falar com o coração, eu quero dizer), com as mãos, com os olhos, com os gestos...
///
É andar na ponta dos pés para não acordar o “soberano”.
///
É sonhar coisas, fazer projetos. Imaginá-lo grande, forte, crescido, dizendo “papai”!
///
É olhar o horizonte e vê-lo já crescido: médico, engenheiro, astronauta ou apenas um homem simples, mas correto, honesto, um homem de verdade.
///
É acordar à noite em sobressalto: “será que ele está bem?”.
///
É de manhã levantar numa estranha ansiedade, sem querer acreditar se é sonho ou verdade, e repetir baixinho: é verdade, tenho um filho. É meu...
///
Ser pai... Ser pai é tanta coisa! É ver a vida com olhos de esperança.
///
É a gente se desdobrando num pinguinho de gente.
///
É ver o varal sempre apinhado: fraldas, xales, cobertorzinhos.
///
É sentir no ar aquele inesquecível cheiro de um suave talco..."

(FELIZ DIA À TODOS OS PAIS! - mesmo que atrasado! ;D)
Foto: Uriel e seu pai Giuliano, no domingo dos papais (obs: o Uriel não desgrudou do pai nem um minuto, e no outro dia acordou chamando o "pápá", que não estava em casa pq estava trabalhando.)

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

* "Deus salve estas mamíferas"


"
Somos mais que mães que discutem maternidade. Estamos além do rótulo de mães alternativas e naturebas. Esculpimos um novo feminismo, com as conquistas das feministas e o resgate da mulher tradicional.
De nós foi tirado o direiro de parir da maneira mais orgânica: de cócoras. Foi lá no iluminismo francês quando a Rainha Vitória foi deitada para que o rei assitisse a seu parto. Logo depois as mulheres começaram a precisar de anestésicos e os irmãos de sobrenome fórceps fizeram história com seu aparelhos de extrair bebês.

Deitamos com as entranhas limpas, os pêlos raspados para que um homem fizesse nosso parto de maneira mais higiênica e visível. Para facilitar a saída do bebê fomos multiladas em nosso órgão mais sensível. Perdemos a conexão com a Terra, com sua gravidade e força dos nossos pés plantados no chão. Desconectamos com Deus quando nossas cabeças se deitaram em uma postura de passividade. Historicamente perdemos o sagrado direito de parir.

E as feministas nas ruas na década de 60, pregaram a nossa liberdade sexual e direitos iguais que nos fizeram iguais aos homens em seus defeitos. Fomos para o mercado de trabalho e com a pílula perdemos a conexão com nossos ciclos naturais e toda a intuição que nos dava poderes especiais. Nossos filhos foram para escolas e começamos a padecer do mal da TPM, da menopausa precoce, da vida desconectada da grande Mãe Gaia.

Nós mulheres, as grandes responsáveis pela mudança de cultura, ensinamos nossos filhos a serem precocemente independentes. A lacuna da separação da hora do parto, às vezes, penso ser a síndrome do pânico, grande mal desta era. Não fomos abraçados pelas entranhas de nossas mães, não vencemos nossa primeira batalha e fomos separados do colo materno em nosso primeiro choro solitário e frio, calado às vezes por um bico artificial.

Nosso peito e presença foram trocados por de borracha e silicone, gerando mais lixo para nossa Mãe Terra. O perfeito alimento de nossas mamas, abandonado por um pó artificial de outro animal, enriquecido com mil vitaminas e desprovido de amor.

Os panos que prendíamos nossos filhos junto do corpo trocados por carrinhos que viram o olhar da criança para longe de suas mães, o universo mais lindo que precisam olhar. E as histórias contadas por aquela melodiosa voz conhecida trocada por um aparelho que coloca imagens prontas e histórias com vozes esganiçadas e frenéticas. Trocamos nossas presenças por presentes que geram ainda mais lixo para o planeta.

Aquela deliciosa comida substituída por papas processadas e esquentadas em um aparelho que gera ondas altamente maléficas. Nossos filhos não conhecem vacas, galinhas, macacos, que não sejam em zoológico ou documentários e poucos sabem os nomes das frutas naturais e que não nascem em caixinhas.

O que fazemos aqui é resgatar este feminismo oprimido, a consciência de nossa responsabilidade enquanto mães de estar presentes, de participar da educação e oferecer um desenvolvimento mais natural e harmônico. Resgatamos a união com Terra e Céus na hora do parto, a ecologia da dança sagrada dos hormônios sem intervir com forças externas, de permitr que nossos filhos não fiquem com a lacuna do não acalanto de seu primeiro choro e não sofram as terríveis invasões de seus corpos pequenos e indefesos.
Somos o que se pode chamar de paleolíticas modernas, mulheres que reinventam a profissão para ficar mais tempo com os pequenos, que reinventam a vida para oferecer um dia-a-dia mais natural. Mulheres que lutam por uma amamentação prolongada deixando de usar chupetas e mamadeiras.

Somos loucas questionadoras em um mundo de gente que segue a corrente mecanicista. Resgatamos nosso adjetivo mais belo: mamíferas!"

Kalu Gonçalves - blog mamíferas

*(Desde a primeira vez em que o li, amei esse texto. Ele vive ecoando dentro de mim, batendo forte junto com meu coração. Quem dera todas as mães pudéssem lê-lo (e senti-lo). Kalu, muito grata por esses teus escritos perfeitos!)

Foto: Mamãe Lívia (a que vos escreve) e Uriel (5 meses e meio), por mim mesma.