sábado, 23 de maio de 2009

E a placenta?!


Durante a gravidez, eu e meu marido pensávamos muito em algo que a maioria das pessoas (creio eu) nem lembra que existe: a placenta!
Muitos podem pensar "ui, a placenta?! Tem que pensar é no bebê!", clarooo que a gente pensava no bebê, imagina se não. Mas era algo que nos fazia pensar: o que dela seria feito?
Agora me perguntem "mas porque tanto apreço por uma coisa nojenta daquelas?" . Tá certo que não é uma coisa nem um pouco bonita de se ver, mas também não é algo nojento, não! Muito pelo contrário! Era ela quem protegia nosso filhote, ela era parte de nós dois, oras bolas. A placenta é algo que merece muito respeito, porém, nas maternidades ela tem um triste fim: primeiro é congelada e depois é incenerada com o restante de lixo hospitalar... é, a pobrezinha que protegeu e abrigou todos nós por tanto tempo é tratada como lixo!

Resolvemos pedir a placenta (ela é nossa por direito!). No começo foi fácil porque teríamos um parto domiciliar planejado com as meninas do grupo HANAMI. Quando falamos que queríamos ficar com ela elas responderam "mas ela é de vocês!", alívio total! Porém, como tive que ir para a maternidade fazer uma cesárea achamos que a coisa complicaria. Mas que nada! Uma das hanamigas (Joyce) estava de plantão e ficou comigo o tempo todo. Na ânsia de ter meu pedido realizado acho que pedi a placenta para ela umas 3 vezes no mínimo... heuehueheueh
No último pedido ela disse que "já tinha entregado minhas coisas para o Giu", meu marido. Suspirei aliviada!

Quando fui para o leito com o Uriel, chegaram minha mãe e meu padrasto lá (só podia um acompanhante e uma visita por vez). Perguntei do Giu, onde estava?! Não sabiam direito.
Depois de um tempinho chega ele: todo esbaforido, lanhado e emocionado. Esbaforido porque tinha ido queimar a placenta, num lugar abençoado! Lanhado porque se machucou na tentativa de fazer a fogueira, mas teve a ajuda do nosso querido hermanito de coração Thiaguinho e conseguiram. E emocionado porque tava vendo nosso pequeno pela primeira vez! :)

Decidimos queimá-la seguindo o princípio INRI, Ignis Natura Renovatur Integra, ou o fogo renova a natureza incesantemente. E as cinzas enterramos aos pés de uma frondoza babosa.
Trabalho completo, completa paz! :)


Também ouvi dizer que isso ajudaria o bebê a não ter cólicas. Penso que talvez elas sejam causadas pelo choque do congelamento que é dado na placenta, na maternidade, uma vez que quando pegamos frio durante o período menstrual as benditas nos atacam também. E, coincidencia ou não, o Uriel nunca sofreu de cólicas.

E você, o que fez (ou o que fará) de sua placenta?!

Beijinhos

Nenhum comentário:

Postar um comentário