terça-feira, 14 de abril de 2009

Na casa da vó...


A educação de nossos filhos é sempre uma questão que acaba pegando. Como lidar com a que não queremos dar a eles? Me explico, sou contra palmadas, palavrões, guloseimas , televisão e algumas outras coisas (pelo menos enquanto ainda são muito pequenininhos). Aqui em casa, por exemplo, eu e meu marido tentamos educar nosso filhote com a doutrina do amor, se o Uriel faz alguma coisa que não é legal explicamos para ele quantas vezes for necessário (geralmente são várias) e uma hora ele não faz mais. Quando ele se machuca, cuidamos, falamos para ele tomar cuidado com tal coisa, etc. Hora de comer é hora de comer, sem bagunça, sem brincadeiras ou brinquedos, atenção voltada ao que se está comendo. E sempre falamos com ele as palavras certinhas (sem ficar falando tudo errado, ou imitando bebês).
Até aí tudo bem. Porém, quando vamos visitar os avós do bebê é que está o problema...
Com minha mãe consigo jogar mais aberto, explicando o jeito como quero que seja com meu filho, então é mais tranquilo (o que é ótimo porque ela é quem mais nos visita). Com meu pai já é diferente, ainda mais porque tenho uma sobrinha de dois anos que mora junto com ele. Outro dia fomos visitá-los e não foi muito legal. Ela é super ciumenta, chorona e mimadinha, porque os avós fazem tudo do jeito que ela quer. Quando brigam, ameaçam de palmada (quando não dão a palmada). Chocolates, biscoitos e televisão a torto e a direito... e por aí vai!
A
té foi engraçado, eu brincando com o Uriel na sala e minha madrasta perguntou "tu não põe desenho para ele assistir?" respondi que ele não tem paciência de ficar parado na frente de uma tv. Depois do almoço ela ofereceu um danoninho pra eu dar à ele, recusei agradecendo, ela então perguntou "é de chocolate, achas que ele não vai gostar?" respondi "aí é que está o problema, ele GOSTAR!" hehehe, aí expliquei que era muito açúcar e ele muito novinho ainda... pela cara que ela me olhou acho que ganhei o troféu "mãe chata do ano". heuheueheu...

E
com os pais do meu marido também é complicado. Não tenho tanta intimidade de ficar falando essas coisas, e meu marido não fala também. O que eles fazem? Outro dia fomos almoçar lá e meu filho estava brincando, junto com meu sogro, com alguns prendedores de roupa. Uriel se machucou e deu uma choradinha, meu sogro pegou os prendedores e jogou dizendo "bobos", ou então ficava ensinando o neném que mal fala "mamã" e "papá" a chamar tudo de
"pocaria". Além de falarem tudo errado com ele, tipo "cassolinho" para cachorro, entre outras coisas. Meu cunhado ficava ensinando meu filho a chamar o outro tio de "tio bichoquinha", minha sogra para pegar o Uriel no colo quando ele não quer ir mente que vai mostrar um bichinho para ele (meu filho adora animais!), fora que ficam fazendo um monte de brincadeiras na hora de comer aí o bebê "se empolga" e põe a mão dentro do prato, joga tudo no chão, dá tapa na colher e até se afoga com a comida. Tá, talvez eu esteja sendo chata porque afinal de contas nosso convívio com eles não é diário. Mas o Uriel tá com quase 11 meses! Tá na fase de aprender, fase "esponjinha", tudo o que vê e ouve imita e tem que ensinar certinho porque senão pra desensinar depois haja paciência... fora o nó que dá na cabecinha dele, por que uma hora é certo fazer tal coisa outra hora não? Por que na casa dos avós pode e em casa não?
S
empre acabo me frustrando um pouco nesses encontros familiares e aposto como sempre acabo saindo com o troféu master de mãe chata do ano!

J
á passaram por isso??? Algum conselho de como chegar neles, sem parecer uma ET que não assiste tv, não esquenta comida no microondas e não come açúcar branco??? ;)


É
, não é fácil... mas quem disse que seria?! ;)

A
quele abraço!

(imagem: http://www.gettyimages.com/)

Um comentário:

  1. Sim, fase esponjinha, mas isso não quer dizer que dps tu não vai poder ensinar pra ele o que é certo e o que não é em tudo isso que ele absorveu.

    Não adianta, vô e vó sempre vão estragar as crianças e sem dizer que eles veem o nenêm pouco, querem aproveitar e agradar o máximo pois, podem pensar que por ter pouco cuidado a criança não vai identifica-los como vovô e vovó.

    Relaxa, o "errado" que eles tentarem ensinar pro Uriel será um grão de areia no "certo" de como tu e o Giu educam ele.

    Bjus!

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